quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Ser Discípulo de Cristo, Sim! Ser Súdito de Papas, Não!


Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo Apostólico Salomonita




Ser discípulo de Cristo, sim! Ser súdito do Papa, não!
Ser católico apostólico, sim! Ser católico romano, não!
Vivenciar os ensinamentos de Cristo, sim!
Vivenciar os ensinamentos dos Papas, não!

Implantar o catolicismo apostólico tal qual foi vivenciado e ensinado pelos apóstolos de Cristo, como se encontra no Novo Testamento, seguindo as diretrizes dos apóstolos presentes em Atos e Epístolas, harmonizados com o contextos dos quatro Evangelhos canônicos, sim!. Estas são tarefas do nosso compromisso com Jesus Cristo.

Implantar o catolicismo romano tal qual tem sido vivenciado pelas políticas dos Papas e da Cúpula Eclesial do Estado do Vaticano, bem como daqueles que lhes seguem ou imitam, consusbstanciado nas ideologias de hegemonia institucional do magistério eclesial romano-vaticanense, não! Estas não são tarefas do nosso compromisso com Jesus Cristo.

Ser Igreja enquanto "Comunidade de Fé", que se reúne e se orienta pelos quatro evangelhos canônicos, para vivenciar o consenso nas orações, nas decisões fundamentais de interesse eclesial, na prática da Palavra de Deus , dos Sacramentos e das Boas Obras, em União com Cristo, seus Ministros e a Congregação dos Crentes Fiéis, no temor de Deus e na busca do seu Santo Espírito, Sim! Estas são tarefas do nosso compromisso com Cristo.

Ser Igreja enquanto "Sociedade Perfeita", que se reúne e se orienta pelas diretrizes de Papas, Patriarcas, Metropolitas, Bispos, Pastores ou outros líderes, através de Encíclicas, Bulas Constituições, Cartas Pastorais ou outros documentos ditos do Magistério Eclesial, criando jurisprudência contra consciências alheias, descontextualizados dos Evangelhos Canônicos, para se tornar súditos de homens ou mulheres da terra, para se conformar com políticas de hegemonia imperiais e estatais usurpadoras da única e legítima senhoridade, que é a de Jesus Cristo, não! Estas não são tarefas do nosso compromisso com Cristo.

A tradição da Igreja Cristã Primitiva pós-apostólica não se vincula em sua essência ao conceito de igreja enquanto "sociedade perfeita", - como querem os romanistas e seus imitadores - pois esta definição tipifica o "estado" com seu poder de estabelecer leis, interditos, policiamentos, e nem sempre usando o sistema democrático e de maioria consensual, como foi a práxis apostólica, na maioria das vezes assumindo o perfil imperial, de mando, de imposição de hegemonia, de patrulhamento sobre consciências individuais e costumes, usando estratégias de afirmações baseadas em sofismas e descontextualizações sacro-escriturísticas, com objetivos de criar vassalagens e suditagens, como vem acontecendo com a Igreja de Roma após seu distanciamento dos Patriarcados Apostólicos Ortodoxos.
A Igreja de Roma passou a se confundir com o Estado do Vaticano e o Patriarca de Roma o deixou de ser, e transformou-se no Papa, o Imperador do Vaticano, com pretensões de ser o único legítimo, impondo-se como o único verdadeiro, sobre as demais Igrejas Cristãs do mundo, chegando ao cúmulo de se auto-afirmar "substituto (vigário) de Cristo na terra" e até mesmo invocar canônicamente direitos com poderes discricionários em nome desse pretenso direito. Isto é uma pena, pois seria facilmente aceitável, sua possibilidade de ser "o primeiro entre os iguais" em um princípio de liderança, para se alinhar na unidade os cristãos pluridenominacionais, em um Verdadeiro Ecumenismo em torno de Cristo, o Único e Supremo Pastor, assim reconhecido por todos.
Um bom exemplo da tradição de crença pós-apostólica na Igreja Cristã é o "Credo Atanasiano", eceito, crido, ensinado e praticado como base para uma prática ecumênica entre os verdadeiros discípulos de Cristo. Ei-lo:

Credo Atanasiano - ( Igreja Primitiva - data incerta) -
 "Aquele que quiser ser salvo, antes de tudo deverá ter a verdadeira fé cristã. Aquele que não a conservar em sua totalidade e pureza, sem dúvida perecerá eternamente.
E a verdadeira fé cristã é esta: que honremos um único Deus na Trindade e a Trindade na Unidade, não confundido as pessoas nem dividindo a sustância divina. Pois uma é a pessoa do Pai, outra a do Filho e outra a do Espírito Santo; mas o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um único Deus, iguais em glória e majestade eterna.
Qual o Pai, tal o Filho, tal o Espírito Santo. O Pai é incriado, o Filho é incriado, o Espírito Santo é incriado.
O Pai é incomensurável, o Filho é incomensurável, o Espírito Santo é incomensurável. O Pai é eterno, O Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno.
Contudo, não são três Eternos, mas um único Eterno. Do mesmo modo, não são três Incriados, nem três Incomensuráveis, mas um único Incriado e um único incomensurável.
Da mesma maneira, o Pai é todo-poderoso, o Filho é todo-poderoso, o Espírito Santo é todo-poderoso; contudo, não são três Todo-poderosos, mas um único Todo-poderoso. Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus; todavia, não são três Deuses, mas um único Deus.
Deste modo, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor; entretanto, não são três Senhores, mas um único Senhor.
Visto que, segundo a verdade cristã, nos importa confessar cada pessoa por sua vez como sendo Deus o Senhor, é-nos proibido pela fé cristã dizer que há três Deuses e três Senhores.
O Pai por ninguém foi feito, nem criado, nem gerado. O Filho provém apenas do Pai, não foi feito, nem criado, mas gerado.
O Espírito Santo não foi feito,nem criado, nem gerado pelo Pai pelo Filho, mas deles procede.
Logo, é um único Pai, não são três Pais; um único Filho, não três Filhos; um único Espírito Santo, não três Espíritos Santos.E nesta Trindade nenhuma pessoa é anterior ou posterior, nenhuma maior ou menor, mas todas as três pessoas são coeternas e iguais entre si; de modo que, como foi dito, em tudo seja honrada a Trindade na Unidade e a Unidade na Trindade.
Portanto, quem quiser ser salvo, deverá pensar assim da Trindade. Entretanto, é necessário para a salvação eterna crer também fielmente na humanação de nosso Senhor Jesus Cristo.
Esta é, portanto, a fé verdadeira: crermos e confessarmos que nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, é Deus e Homem. É Deus da substância do Pai, gerado antes dos tempos, e Homem da substância de sua mãe, nascido no tempo; Deus perfeito e Homem perfeito, subsistindo em alma racional e carne humana.
Igual ao Pai segundo a divindade e menor do que o Pai segundo a sua humanidade. Ainda que é Deus e Homem, nem por isso são dois, mas um único Cristo. Um só, não pela transformação da divindade em humanidade, mas mediante a recepção da humanidade na divindade. É, de fato, um só, não pela fusão das duas substâncias, mas por unidade de pessoa. Pois, assim como corpo e alma racional constituem um único homem, Deus e homem é um único Cristo, o qual padeceu pela nossa slavação, desceu ao inferno, no terceiro dia ressuscitou dos mortos. Subiu ao céu, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
E quando vier, todos os homens hão de ressuscitar com os seus corpos e dar contas de seus próprios atos, e aqueles que fizeram o bem irão para a vida eterna, mas aqueles que fizeram o mal, para o fogo eterno.
Esta é a verdadeira fé cristã. Aquele que não crer com firmeza e fidelidade, não poderá ser salvo".
Temos uma grande responsabilidade diante de Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote da Ordem de Melquisedeque, que assiste no Santuário Celeste junto à Deus Pai e Deus Espírito Santo, como nosso Advogado enquanto aqui na terra trabalhamos na implantação do Reino de Deus que existe dentro de cada ser humano, mediante a consumação deste projeto realizado pelo próprio Jesus Cristo, conforme Ele mesmo proclamou quando estava humanamente agonizante nas aras da cruz, sendo Ele o Filho do Deus Vivo, nosso Redentor, nosso Mestre, mas que se fez nosso irmão para que com Ele pudéssemos partilhar da sagrada herança dos Céus e da Vida Eterna.
Sejamos fiel a Cristo! Não o neguemos aqui na terra, com nossas tergiversassões, cedendo a interesses adversos aos seus claros ensinamentos contidos nos Quatro Evangelhos Canônicos, conforme consta no Novo Testamento das Sagradas Escrituras, suficiente fonte para a nossa fé e prática de obras pias e de religião.
Que Deus nos abençoe e nos ajude em nosso testemunho a Jesus Cristo em fiel discipulado. Amém
Monastério Hierosèleos - Advento de 2012/Ano Eclesial 1986

Fonte: www.alforriacrista.blogspot.com

sábado, 20 de outubro de 2012

Ecumenismo


   Para falar de ecumenismo temos que relembrar que essa não é uma
idéia nova; nos primórdios da cristandade as diversas igrejas locais se
reuniam nos concílios ecumênicos, igrejas com diferenças entre sí mas
reunidas num só propósito maior, que é a fé em Cristo.
   Com os cismas da cristandade, se dividindo em ortodoxas, católicas,
protestantes entre outras, cada igreja se fechou em sí, abortando a fé
ecumênica. Porém os protestantes iniciaram um movimento para reunir
as diversas denominações protestantes, nascendo o concílio missionário
internacional (CMI).
   A igreja ortodoxa se aproximou da igreja anglicana, e entrou para o
Conselho Mundial de Igrejas, uma evolução do CMI; a igreja ortodoxa
também tem mantido diálogo com a igreja luterana, e até com a igreja
católica romana.A igreja romana organizou os concílio vaticano I e II com a proposta de
ser ecumênico, porém era uma visão de ecumenismo dentro de Roma,
tendo o Papa como líder comum das igrejas cristãs.
   A igreja romana não participou como membro do CMI, apenas como
observadora, se fechando em seus muros.
   No  Brasil  o  termo  ecumenismo  é  algo  polêmico,  e  o  diálogo  e
aproximação das igrejas tem se dado a passos lentos.
   Dom  Salomão  Ferraz  era  um  entusiasta  do  ecumenismo,  tendo  raiz
presbiteriana,  e  tendo  sido  clérigo  anglicano,  ele  começou  um
movimento que tinha um foco cristão voltado para a convergência de
cristãos para uma fé comum, o que culminou dando origem à Igreja
Católica Livre, com pessoas evangélicas, anglicanas, romanas e véterocatólicas.
   Tendo Dom Salomão ido para Roma, ele participou do Concílio Vaticano
II, e sua participação rendeu bons frutos, porém ele tinha ido para Roma
com a promessa de se iniciar um diálogo ecumênico com as demais
igrejas cristãs, o que não aconteceu, fazendo com que Dom Salomão
(con)sagrasse Dom Manoel Ceia Laranjeira para retomar o movimento
católico livre, que tomou o nome de Igreja Católica Independente.
Sendo a ICAI-TS herdeira de Dom Salomão Ferraz, temos que manter
viva a chama do diálogo ecumênico, não visando uma utópica  união
orgânica entre as diversas igrejas cristãs, mas visando uma caminhada
de fé voltada para Cristo, trabalhando pelo bem comum da salvação
humana.
   Ecumenismo  é  entender  que  apesar  de  haver  diferenças  entre  as
diversas denominações e igrejas locais, um só é o Senhor, Cristo, que
distribui os dons conforme a necessidade de cada igreja (I Cor. 12: 4-11).
Ecumenismo é entender que o cabeça da Igreja não é o Papa, nem o
Pastor, Patriarca ou quem quer que seja, mas Cristo sim, o Cabeça da
Igreja (Col.1: 18).
                            Mons. ++Dom Rodrigo Alves Faddoul 

sábado, 22 de setembro de 2012

O Patriarcado Ecumênico de Constantinopla


   No meu post anterior eu falei sobre a canonicidade dos patriarcados e sobre os patriarcados não canônicos,abaixo reproduzo um texto da Igreja Ortodoxa Grega sobre o patriarcado de Constantinopla.


O Patriarcado Ecumênico de Constantinopla


   

Principal centro eclesiástico da Igreja Ortodoxa em todo o mundo, o Patriarcado Ecumênico tem seu fundamento histórico no Pentecostes e nas primeiras comunidades cristãs fundadas pelos santos Apóstolos.

Conforme a Tradição, Santo André, “o Primeiro-Chamado“, anunciou o Evangelho nas vastas regiões da Ásia Menor, do Mar-Negro, da Trácia e da Acáia onde foi martirizado. No ano 36 d.C fundou a Igreja Local em Bizâncio, às margens do Bósforo, mais tarde, Constantinopla - cidade de Constantino (atual Istambul, na Turquia). Santo André, o santo Patrono do Patriarcado Ecumênico, é comemorado no dia 30 de Novembro no calendário eclesiástico.

O título de Patriarca Ecumênico data do 6º século d.C, sendo um privilégio histórico exclusivo do Arcebispo de Constantinopla, ultrapassando as fronteiras estatais e étnicas. O Patriarca Ecumênico é o Líder espiritual de aproximadamente 300 milhões de cristãos ortodoxos em todo o mundo.

O Patriarcado Ecumênico






O Patriarcado Ecumênico tem sua sede em Constantinopla, atual Istambul, na Turquia. É também denominado “Igreja de Constantinopla”, ou “Santa Grande Igreja de Cristo”. Os teólogos não ortodoxos e os estudiosos usam habitualmente a expressão convencional de “Igreja do PHANAR”. 

Esta Igreja nasceu da pregação do apóstolo Santo André e, por isso, é uma sede apostólica. A partir de sua fundação, o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla assumiu o papel de guia espiritual, de promoção civilizadora e de influência mundial. Por vários séculos, povos e nações tiveram a positiva influência do Patriarcado Ecumênico e, graças à feliz ação evangelizadora e missionária irradiada desde este Centro, “ressuscitaram em Cristo”. Assim se formaram diversas Arquidioceses Ortodoxas que, sob a fúlgida guia espiritual e proteção da sede constantinopolitana, defenderam a fé cristã das várias heresias que a ameaçavam.

O Patriarcado Ecumênico é um dos cinco antigos Patriarcados da Una, Santa, Católica e Apostólica Igreja. No primeiro milênio a Igreja, como é conhecido, era constituída pelos Patriarcados de Roma, Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Jerusalém. Após o cisma de 1054 a Igreja indivisa do primeiro milênio se dividiu na Igreja Ocidental (o Patriarcado de Roma) e na Igreja Oriental (os outros Patriarcados do Oriente). No seio destes últimos o Patriarcado de Constantinopla assumiu o primeiro lugar como juiz plenipotenciário na eventualidade de disputas de qualquer espécie entre os outros Patriarcas. 

A proeminência do Patriarca de Constantinopla já é atestada no século VII quando passou a receber o título de “Ecumênico”. Tal expressão indica o seu primeiro posto – primus inter pares – quer pelo poder assumido, quer pelo esplendor espiritual entre todos os Patriarcas do Oriente.

Compete ao Patriarca de Constantinopla: 

Convocar Sínodos, Pan-ortodoxos, ou Locais;
Exortar os Metropolitas e vigiar sua atuação;
Julgar e decidir em mérito a instâncias, recursos etc., da parte dos Metropolitas;
O direito do “Stavropighion”, isto é, o direito de pôr sob seu controle direto os mosteiros e as igrejas dos bispos sob sua jurisdição.
Após a queda do Império Otomano o Patriarcado Ecumênico foi reconhecido como “Instituição Pan-ortodoxa”. Durante a Conferência Pan-ortodoxa de 1961, na ilha paulina de Rodes, o Patriarcado Ecumênico, por unanimidade, foi reconhecido como representante espiritual da Ortodoxia. Sob a guia do Patriarca Ecumênico Atenágoras I, o Patriarcado Ecumênico distinguiu-se particularmente, elevando-se a um plano de notável prestígio. Recentemente, com a guia do Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, atingiu um alto nível de honra e respeitabilidade.





Atualmente, seguindo a indicação de seu predecessor o Patriarca Dimítrios I, de santa memória, o Patriarca Bartolomeu I continua o sereno “caminho de amor, de paz e de unidade”, visitando os antiqüíssimos patriarcados do Oriente Ortodoxo e se encontrando com povos e autoridades religiosas e políticas. A todos dirige sua afetuosa mensagem de paz e de unidade.

Através destes discursos iluminados pela Fé e de Esperança, o Patriarca Ecumênico se faz próximo dos povos que sofrem, demonstrando seriedade, dignidade e sabedoria em sua missão e sua feliz atividade em seu favor. Desta maneira, suas intervenções testificam sua colaboração pela consolidação da paz no mundo, pelo cessar da guerra, pelo respeito ao homem e a sua liberdade, pois o homem, sendo criado por Deus, é a sua imagem e semelhança e tem direito a uma vida digna e a uma verdadeira prosperidade.

Fonte: http://www.ecclesia.com.br/patriarcado_ecumenico/

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A moda do patriarcado

 

   Nos últimos tempos tem crescido cada vez mais o número de igrejas católicas, anglicanas e episcopais independentes, e junto com tais igrejas surgem também uma miríade de novas doutrinas.  Vemos igrejas ditas anglicanas se romanizando, igrejas ditas católicas se anglicanizando, e por fim não sabemos mais o que é o que nesse meio multieclesiástico.
   Porém a moda recente é a do patriarcado, é cada vez maior o número de igrejas independentes cujo primaz se auto denomina patriarca.  Entretanto, apesar de pela lei poderem se intitular como tal, canonicamente é um título nulo.
   O título de patriarca foi concedido aos bispos primazes das cinco cidades que receberam a pregação de um apóstolo e cuja igreja tem raiz nesse apóstolo, as cidades que se constituíram importantes centros do cristianismo nos primeiros séculos, a saber:  Alexandria, Jerusalém, Antioquia, Roma e Constantinopla.
   Tendo se afastado do oriente, o bispo de roma adotou somente o título de papa(embora nos primeiros séculos outros bispos também se chamassem de papa), e em tempos mais recentes abdicou do título de patriarca de Roma. Porém o papa ainda nomeia alguns patriarcas, como o patriarca de Lisboa e o de Veneza, e os patriarcas das igrejas orientais uniatas, como a Melquita e a Maronita por exemplo.
   O patriarca de Constantinopla é conhecido como patriarca ecumênico, e é dele a coordenação de unidade entre as igrejas ortodoxas, que em sua maioria são autocéfalas.  O patriarca de Constantinopla também é responsável pela criação de novos patriarcados, nas nações ortodoxas mais proeminentes, como é o caso da Rússia, por exemplo.
   Vimos então que para um título de patriarca ser canônico ele tem que estar ligado aos patriarcados originais, seja como primaz desses patriarcados, ou bispos de uma igreja autocéfala em comunhão com tais bispos, tendo recebido o patriarcado por meio do reconhecimento da comunhão ortodoxa, na pessoa do patriarca de Constantinopla.  Não sendo assim, um patriarcado não tem valor canônico, sendo apenas vaidade de vaidades, como já dizia Salomão.
   Volto a repetir que por lei todos podem se denominar como bem entenderem, podem se proclamar patriarca, ou até mesmo papa, mas a lei do homem não traz canonicidade eclesiástica.
   Quanto a mim, que Deus me livre de tais vaidades, pois basta-me o título de bispo, que já é por demais pesado e excelente, porém é um título das sagradas escrituras, legítimo e honroso.

 Deus nos abençoe
Mons. ++Dom Rodrigo Faddoul

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O outro lado da liberdade religiosa

 "E João lhe respondeu, dizendo: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue.
Jesus, porém, disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim.
Porque quem não é contra nós, é por nós." 

Marcos 9:38-40


   O Brasil tem em sua democracia o principio da liberdade religiosa, inclusive com garantias legais, tal princípio soma-se a outros como liberdade de expressão, de ir e vir, entre outros. Tais direitos foram uma conquista importante para consolidar o Brasil como um Estado democrático em que os direitos básicos da população são respaldados pela constituição.
   A liberdade de religião serve para que o estado não coloque um cabresto na fé, tendo uma religião oficial e estatal, forçando ao povo a crença pela força, não pela fé, mas uma liberdade religiosa excessiva é um verdadeiro desastre quando dá lugar a um verdadeiro celeiro de aberrações e crendices.
   Penso eu que o estado teria que ter um papel fiscalizador para coibir os abusos causados pela liberdade excessiva, como a proliferação de falsos profetas e visionários que destroem a vida de pessoas com seus falsos augúrios, além dos falsos curandeiros que causam mais danos que bem aos enfermos que negligenciam o tratamento convencional em nome da fé,quando ambos tem que andar juntos, pois Deus deu sabedoria ao médico para que  este pudesse cuidar dos doentes.
   Não podemos esquecer dos falsos mercadores da fé, que barganham as bençãos de Deus com valores materiais, na base do quanto mais se dá mais se ganha, trazendo enormes prejuízos para milhares de pessoas de boa fé que caem nesse engodo movidas pelo desespero, no ardor de uma mudança de vida, na solução de suas misérias. 
   No entanto em nome da pretensa liberdade de religião e culto nada se faz contra tais charlatões, que ao invés de serem impedidos de agir na malícia, se multiplicam, arrebanhando um povo crédulo e simplório, já tão acostumado a ser manipulado desde a época da colonização.
   A fé tem que ser livre, mas o charlatanismo não, a religião tem que ser liberada, mas os embustes nunca, e enquanto estivermos de braços cruzados o falso evangelho só tende a crescer, devemos denunciar o balcão de comércio que existe em determinadas igrejas, centros, terreiros e templos dos mais diversos que abrem a cada esquina sem nenhum controle nem fiscalização.
   A fé em Cristo por si só já é uma verdadeira liberdade religiosa, pois ele falou que se conhecermos a verdade a verdade nos libertará(João 8:32). A fé não é algo que se compra,é dom de Deus(Efésios 2:8).
   A verdadeira Igreja não precisa da pretensa liberdade estatal, pois mesmo sob a perseguição de estados totalitaristas e/ou ateus, ou sob o governo aonde a religião oficial não permite manifestar a fé em Cristo essa Igreja Una,Santa e Universal tem sido fortalecida, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela(Mateus 16:18).
   Muitos cristãos querendo justificar a multiplicidade de igrejas com as mais diversas doutrinas usam o texto de marcos citado acima, dizendo que tais igrejas estão pregando a Cristo, logo não são contra nós, mas o Cristo que pregam é um Cristo de barganha e não o Cristo que diz que: "no mundo tereis aflições..."(João 16:33).
   Que venhamos a chamar a todos para a fé genuína, orando para que Deus venha limpar o joio do trigo(Mateus 13:30), pois se o Estado não vê o que acontece em nome da religião temos um Deus que tudo vê(Jó 28:24) e que é justo juiz(Salmo 7:11). 


   Que Deus nos abençoe
    Em Cristo
Mons. ++Dom Rodrigo Faddoul

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Animados na fé

    "no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." João 16:33a

Um dia estava pensando com meus botões como é difícil a vida cristã, pois ao mesmo tempo que a palavra de Deus nos garante a certeza da felicidade eterna também diz que durante nosso tempo nessa vida teríamos aflições, e essas aflições não poucas vezes nos abate,trazendo uma agonia existencial e gerando cristãos depressivos e desanimados, pois não conseguem entender que a felicidade é uma vida com Deus, e não uma vida nababesca.
   Qual ser humano não pensa em seus sonhos? Qual é o homem, a mulher que não faz planos? Todos temos expectativas quanto ao nosso futuro,visando nosso bem estar, todos querem desfrutar de uma vida farta, não é a toa que surgem vários mercadores da fé que prometem uma felicidade instantânea, como se fosse um passo de mágica, aumentando as fileiras de suas igrejas com tais promessas vãs.  Mas Cristo não é nenhuma mega sena que promete riquezas instantâneas,porém uma coisa ele garante,mesmo que a nossa vida seja uma vida que tenha desapontamentos, tristezas e aflições ele falou que deveríamos ter bom ânimo, pois Ele venceu o mundo.  
   Cristo venceu esse mundo de ilusão, está acima da dor e da desesperança, quando o cristão não ver sua vida como ele planejou tem que lembrar que a vida é um projeto de Deus dirigido pessoalmente por Ele. Tenham bom animo disse Cristo, não fiquem lamentando, não fiquem de cabeça baixa,não chorem, a vida é muito mais que meras ilusões!
   Tenham bom animo, a vida é um presente de Deus, é fazer parte de uma grande família unida pela fé, é saber que um dia Deus nos enxugará toda lágrima dos olhos, e nos dirá: "Vinde, Benditos de meu Pai, possui por herança o reino que vos está preparado antes da fundação do mundo(Mt 25:34).
   Que Deus nos ajude a sermos animados na fé ainda que tenhamos que viver nesse mundo aonde lutamos contra nossas emoções e aonde parece que os sonhos não passam de sonhos. Que Deus nos dê a certeza de que a nossa fé não é em vão e que esse mundo já está vencido por essa mesma fé!
  
   Deus nos abençoe
       Em Cristo
Mons. ++Dom Rodrigo Faddoul
   

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Nota de pesar - Morreu Dom Eugênio A. Sales



A Arquidiocese do Rio de Janeiro, da Igreja Católica Apostólica Romana está vivenciando o luto pela morte física do Arcebispo Dom Eugênio de Araujo Sales, que deixa seus familiares, amigos e eclesianos encarnados na humanidade terrena e parte para a dimensão da vida espiritual fora da matéria, ao encontro com as estruturas espirituais de sua crença, dentro do seio do cristianismo.

Embora seja a morte física um fenômeno inerente à vida orgânica, biológica, e como cristãos tenhamos sempre reflexões sobre a escatologia e os novíssimos dos seres humanos, nunca recebemos com alegria esta ausência de um ente querido, embora saibamos da continuidade da vida nos páramos espirituais e das possibilidade dos santos crescerem no conhecimento e no amor de Deus.

 Todos nós temos o direito e o dever de vivenciar o luto, pois ele está estruturado em nossos esquemas neurais como engramas elaborados pelas culturas através dos séculos e milênios.

Nós que vivemos na Cidade do Rio de Janeiro, não podemos ignorar as benéficas ações de Dom Eugênio como homem público, devotado a falar pelos sem voz e preocupar sempre com a promoção dos seres humanos excluídos e sob opressão.

Embora eu, enquanto bispo cristão comprometido com um catolicismo de base evangélica, não compartilhasse com ele o seu conceito de ser Igreja, temos contudo a convergência de alguns pontos, pois confessamos a Jesus Cristo como o Filho de Deus, Senhor e Salvador, temos também em comum os elos da Sucessão Apostólica advinda do Papa Leão XIII chegando a Dom Salomão Ferraz nosso pai no episcopado.
Partilho da dor sentida pelos católicos romanos do Rio de Janeiro, enquanto Povo de Deus que caminha rumo a Jerusalém Celeste.

A Comunidade Católica Apostolica Salomonita do Rio de Janeiro envia condolências ao Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, aos seus Bispos Auxiliares, todo o seu clero e crentes Fieis da Arquidiocese. Que Deus em sua misericórdia receba Dom Eugênio na congregação dos santos que estão juntos ao Trono Celeste do Cristo.

Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo Apostólico Salomonita

terça-feira, 26 de junho de 2012

Missionário não é mendigo

   Como cristãos, acreditamos em toda a palavra de Deus, e Jesus ordenou para que preguemos a sua palavra até os confins da Terra. Bom, creio que todo cristão já está incluso no plano de Deus para levar a sua mensagens, uns em Samaria e Jerusalém e outros até os confins do mundo. Muito gente acha que precisa ter uma visão sobrenatural de Deus bradando: - Fulano vá para tal lugar pregar!!!
E enquanto esse momento sobrenatural não acontece as pessoas ficam sem evangelizar, e sem preparar para levar a mensagem de Jesus.
   Já está escrito na bíblia pra pregarmos, acho que se começarmos a pregar nas nossas cidades, iremos acumulando experiência para pregar em outros países.
   O treinamento transcultural é imprescindível, pois, a palavra de Cristo é contextualizada pra cada povo, e precisamos dessa cultura para pregar de acordo com cada povo. Os costumes de cada lugar também tem que ser estudados, pois, coisas que para os Brasileiros são gafes ou nojentas, em outros lugares são hábitos comuns. No Brasil homem e mulher cumprimenta-se apertando as mãos e até beijos na face, em países mulçumanos esse gesto pode não ser visto com bons olhos.
   Acho que cabe a Igreja de Cristo prover o sustento missionário, os lideres não podem apenas pensar em construir templos com arquiteturas monstruosas e que demandam fortuna enquanto os missionários estão longe passando necessidades, ou vivendo na incerteza. O Missionário vive sim, da fé em Cristo, mas a igreja tem o dever de prover o sustento. Acredito que muitos pastores não administram bem o dinheiro nas igrejas, deveriam tirar 10% e abrir um caixa missionário, onde seriam depositados todos os dias, do que entrar, 10 % para missões. Acredito que todo o missionário tem que trabalhar com a consciência tranqüila, sem ficar se vai passar fome, se virá ou não o sustento. Acredito que nenhum de nós gostaria de viver assim, e aqueles que estão cumprindo a missão de Jesus nos confins do mundo, vivem dessa maneira, e os culpados são os pastores que gostam de mandar missionários, mas, acham que o sustento desses é um ônus para a igreja, e simplesmente apagam de suas mentes o modo de vida que os enviados estão levando. O que seria de cada pastor sustentado pelas igrejas, se lhe fosse cortado o salário e os membros dissessem vá viver pela fé, quando alguém sentir no coração de te dar uma oferta vc terá o que comer, ai ninguém seria pastor. Se o pastor aqui no Brasil tem casa da igreja para morar, carros, salários, os embaixadores de Cristo tem que ser sustentados de igual modo até que seja plantada uma igreja no outro país e que os dízimos desta, venha cobrir os gastos do templo, das ações sociais e do salário do missionário.
   Ai dos que fazem a obra do Senhor Relaxadamente!
   
   Que Deus nos abençoe,
   Em Cristo
   ++Mons. Dom Rodrigo Faddoul

terça-feira, 12 de junho de 2012

Patriarca ou ditador?

   Todo ser humano tem o desejo de ser bem sucedido,e muitos além disso tem também o desejo de poder e grandeza. E dentro das organizações eclesiasticas não é diferente.
   No Brasil temos pequenas igrejas nacionais cujos líderes tem uma forte tendência megalomaníaca,exercendo sua liderança não de forma institucional e orgânica, mas de forma ditatorial e despótica.
   Tive uma infeliz experiência numa pequena igreja nacional, cujo nome não direi por ética, mas que não é difícil descobrir caso se pesquise. O líder dessa igreja, um bispo com mania de grandeza, não se contentava com o título de bispo primaz, ou arcebispo, se intitulando "patriarca" à guiza das igrejas orientais canônicas, porém era um patriarca de uma só paroquia, com meia dúzia de membros.
   Tal patriarca era a imagem do autoritarismo, Não tendo nada do espírito de serviço e humildade cristãos.  Era comum o manda e desmanda, e também o dormir sob uma ordem e acordar sob outra dependendo do capricho ou do humor patriarcal.  Era comum também frases como; "Eu mando", "eu estou aqui para ser servido", e a mais célebre de todas era; "Eu coloco todo mundo no bolso".
   O clima em tal igreja era sufocante, pois até de coisas pessoais tinha-se que prestar conta, o controle era total, no melhor estilo Big Brother, um sistema fascista.  Nada escapava do controle do ditador, ops, digo, Führer, ops. digo, patriarca.
   Comum também era o estilo inquisidor do tratamento dispensado aos que divergiam do sistema, ainda que minimamente, ai daqueles que contrariassem o grande ditador. Tais discindentes eram tratados como inimigos e ainda por cima eram constantemente ameaçados de excomunhão, era o preço a pagar por não seguir os caprichos de quem se achava a única voz da verdade.
   Porém pela misericórdia de Deus, quando ele tentou me colocar em seu bolso, o bolso furou, e eu escapei desse feudalismo eclesiástico, e agora não estou mais no Big Brother fascista de um bispo megalomaníaco.
   Quanto a mim, peço a Deus para me ajudar a não cair no mesmo erro,e a seguir os passos de Jesus, que sendo Deus se fez homem,sendo Senhor se fez servo, nos dando o exemplo de humildade ao lavar os pés de seus discípulos. Tende piedade Senhor!!!

 Em Cristo
Mons. ++Dom Rodrigo Faddoul
  

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Ordens sacerdotais válidas







   Esta aqui uma linha de sucessão apostólica que se inicia com o Cardeal Rampola e passa pelo cardeal Joaquim Arcoverde e cardeal Sebastião leme,Dom Carlos Duarte Costa,Dom Luis Fernando Castillo Mendez que foi sagrado no dia 03 de maio de 1948 em Balboa,zona do canal do Panamá,que chega em Dom Salomão Ferraz,sagrado por Dom Carlos Duarte Costa que foi recebido na igreja romana pelo Papa Roncali,e, Dom Salomão Ferraz sagrou a Dom Manoel Ceia Larangeiras que sagrou seus sucessores.O mesmo fez Dom Luis Fernando Castillo Mendez.Aqui o Rito da ordenação nunca foi mudado,alterado como fizeram os anglicanos que levou Sua Santidade Leão XIII declarar nulas as ordenações anglicanas por falta de intenção e erro de forma.Como se define falta de intençao?
 Leão XIII definiu claramente "que ao mudar o rito do sacramento da ordem,isto é da cofecção do sacramento por um outro,ficou claramente exposto que a igreja da Inglaterra não tinha mais intenção de conferir o sacerdócio como a igreja católica sempre creu e entendeu."Isto é falta de intenção.Dificilmente um bispo ao conferir o sacramento da ordem segundo o rito estabelecido,possa ter uma intenção diversa do que esta prescrito no ordinal,para isso teria que ter um novo ordinal,fato esse que nunca aconteceu com a chamada igreja brasileira.Ahhh,dizem os "teólogos montinianos",eles ordenam pessôas não qualificadas que não fizeram teologia,Provem,se puderem.Como fica as missas celebradas pelos padres e bispos pedófilos,doentes,já que a pedofilia é um desvio de comportamento,que pode ser caracterizado como uma doença?Essas missas são válidas?As ordenações conferidas por estes bispos são válidasE como fica as ordenações conferidas na idade média,onde crianças,menores de idade foram ordenados e sagrados?Elas tinham aptidão canônica?porque ao contrário ninguém tem certeza de ser bispo hoje.Como o Concílio de Trento afirma que o batismo admistrado por um herege e até mesmo por um pagão é válido?pelo menos precisa ter a intençao de fazer o que a igreja de Cristo faz.Mas como um pagão vai ter essa intenção?pelo rito,derramando água sobre a cabeça do efermo e falando as palavras da instituição do batismo:Eu te batizo em nome do Paí,e do Filho e do Espírito Santo.Isso define a intençao.O resto é conversa de "teólogos".

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Um respeitável bispo







Sua Excelência Reverendíssima Dom Manuel Ceia Laranjeira

Sua Excelência Reverendíssima Dom Manuel Ceia Laranjeira foi um bispo brasileiro do movimento católico independente, fundado por Sua Excelência Reverendíssima Dom Carlos Duarte Costa, ex-Bispo Titular de Maura da Igreja Católica Apostólica Romana, e 1 º Bispo do Rio de Janeiro e fundador da Igreja Católica Apostólica Brasileira. Nascido em 11 de Dezembro de 1903, na cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, ainda estava no activo como Sucessor dos Apóstolos até o início de 1990. DomManuel Ceia Laranjeira recebeu a Sagrada Ordenação Presbiteral das mãos de Sua Excelência Reverendíssima Dom Carlos Duarte Costa em 08 de Dezembro de 1947 e rcbeu a Sagrada Ordenação Episcopal como Bispo das mãos de Sua Excelência Reverendíssima Dom Salomão Barbosa Ferraz, em 29 de Junho de 1951, sendo Co-Consagrante: Monsenhor Yan Piotr Perkowiaky, Bispo Ortodoxo polaco. Após Dom Salomão Ferraz se incardinar na Igreja Católica Apostólica Romana, ele seguiu com o movimento brasileiro re-baptizando-o de Igreja Católica Apostólica Independente do Brasilna década de 60. Dom Salomão Ferraz havia instituído anteriormente a Igreja Católica Livre do Brasil e após ser Sagrado ao Episcopado, a mesma passou a denominar-seIgreja Católica Apostólica Independente no Brasil. Cansado e desiludido com o clero no Brasil, onde aos poucos a disciplina e tradição se estavam perdendo, pediu ingresso na Igreja Católica Apostólica Romana, não sem antes ter Sagrado ao Episcopado a Dom Manuel Ceia Laranjeira, Superior Geral da Ordem de Santo André e, após uma eleição, o mesmo foi Proclamado o novo Patriarca da Igreja. Contudo, Dom Manuel Ceia Laranjeira tinha uma educação e tradição mais europeia e extremamente tradicionalista, com tendências a uma ortodoxia mais relevante e actuante. Assim, em 1970 Dom Manoel Ceia Laranjeira propõe ao Conselho Geral da Igreja Católica Apostólica Independente a mudança do nome. A época das perseguições político-religiosas há muito haviam terminado, todavia, alegando que o nome de “Independente” poderia ser mal interpretado, tanto politicamente como socialmente, sugeriu o nome de “Igreja Católica Apostólica de Constantinopla ou Constantinopolitana, no Ocidente”. Em Junho de 1970 ficou aprovado o Estatuto e posteriormente mandado registar: “ Instituiu-se a Igreja Católica Apostólica de Constantinopla na República Federativa do Brasil, como legítima continuadora da Igreja Católica Apostólica Independente no Brasil......”. Esta sua decisão estava baseada numa maior aproximação da Igreja Primitiva do Oriente (Igreja Ortodoxa) tanto na sua ideologia, no seu distanciamento das normas da Igreja Latina como no cumprimento mais estrito e realista de suas regras e aproximação dos Mandamentos de Deus. Sua ideologia estava voltada para o completo bem estar social, para o misticismo e filosofia cristã do Oriente. Aos 14 de Novembro de 1987, Dom Manoel Ceia Laranjeira, Patriarca e Primaz da Igreja Católica Apostólica Independente e da Igreja Católica Apostólica Constantinopolitana, Ortodoxa do Ocidente, retira-se do seu Cargo de Patriarca, por motivos de sua avançada idade e precária saúde, com o Título de Patriarca Emérito. Logo em seguida foi convocado o Concílio Internacional para a Eleição do novo Patriarca da Igreja. Em 29 de Setembro de 1988, Dom Manoel entrega o comando da Igreja Católica Apostólica Constantinopolitana, Ortodoxa do Ocidente, a Dom Luis Filipe de Noronha e Valdigem, Arcebispo de Tessália, tendo o mesmo se desligado definitivamente da Igreja, de onde havia sido o Chanceler por muitos anos. Em 1975, Dom Manoel Ceia Laranjeira havia Sagrado Dom Felismar Manoel, Bispo do Rio de Janeiro, depois Arcebispo do Rio de Janeiro, Vigário-Geral da Igreja, o qual por sua vez Sagrou ao Episcopado a Dom Luis Filipe de Noronha e Valdigem, um Bispo legistimo de uma Sucessão Apostólica de mais de 500 anos, transmitida através de três Papas consecutivos. Dom Felismar Manoel sempre havia apoiado as idéias renovadoras e teológicas de Dom Manoel para uma aproximação à ortodoxia, praticando inclusivé na sua Capela privada o Ritual Bizantino, logicamente não exercido na Igreja Independente (de cunho estritamente latino).

Fonte: http://www.arcebispomakariosmenelik.blogspot.com/

sábado, 28 de abril de 2012

"A Maravilhosa Graça de Deus"

Alguns anos atrás, numa igreja na Inglaterra, o pastor notou um ex-assaltante se ajoelhando para receber a ceia do Senhor ao lado de um juiz da Suprema Corte da Inglaterra. O juiz era o mesmo que, anos antes, havia condenado o assaltante a sete anos na prisão.
Após o culto, enquanto o juiz e o pastor caminhavam juntos, o juiz perguntou, “Você viu quem estava ajoelhado ao meu lado durante a ceia?”
“Sim”, respondeu o pastor, “mas eu não sabia que você havia notado”.
Os dois homens caminharam em silêncio por alguns momentos. Daí o juiz disse, “Que milagre da graça!”
O pastor concordou. “Sim, que milagre maravilhoso da graça”.
Daí o juiz perguntou, “Mas você se refere a quem?”
O pastor respondeu “É claro, à conversão do assaltante.”
O juiz falou “Mas eu não estava pensando nele. Estava pensando em mim mesmo.”
“Como assim?” indagou o pastor.
O juiz respondeu, “O assaltante sabia o quanto ele precisava de Cristo para salvá-lo dos seus pecados. Mas, olhe para mim. Eu fui ensinado desde a infância a ser um cavalheiro, a cumprir a minha palavra, fazer minha orações, ir à igreja. Eu passei por Oxford, recebi meu diploma, fui advogado e eventualmente tornei-me juiz. Pastor, nada, a não ser a graça de Deus, podia ter me levado a admitir que eu era um pecador igual àquele assaltante. Levou muito mais graça para me perdoar por meu orgulho, minha confiança em mim mesmo, para me levar a reconhecer que não sou melhor aos olhos de Deus do que aquele assaltante que eu mandei à prisão.”
E que maravilha a graça é. Boas pessoas só não entram no céu porque seu orgulho as impede de chegar ao Salvador.
- Steven J. Cole, Not the healthy but the sick WORLD (March 1, 1997).