É com imenso pesar que anuncio o falecimento de nosso bispo da diocese de Magé, +Dom Moacir Vale. Faleceu no dia de hoje e o enterro foi no mesmo dia. Desejamos que o Senhor Jesus conforte a todos os familiares e amigos.
Nosso bispo descansará em Cristo, dormindo o sono dos justos e aguardará a vinda do Senhor e a ressurreição final.
O justo perece, e ninguém pondera
isso em seu coração;
homens piedosos são tirados,
e ninguém entende
que os justos são tirados
para serem poupados do mal. Aqueles que andam retamente
entrarão na paz;
acharão descanso na morte.
Isaías 57:1-2
Em Cristo
+Dom Rodrigo Faddoul
Bispo auxiliar da ICAI-TS
Diocese do Rio e Grande Rio
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
domingo, 16 de novembro de 2014
Uma lição de vida
No primeiro dia de aula nosso professor se apresentou aos alunos, e nos desafiou a que nos apresentássemos a alguém que não conhecêssemos ainda.
Eu fiquei em pé para olhar ao redor quando uma mão suave tocou meu ombro. Olhei para trás e vi uma pequena senhora, velhinha e enrugada, sorrindo radiante para mim. Um sorriso lindo que iluminava todo o seu ser.
Ela disse: “ei, bonitão. Meu nome é Rosa. Eu tenho oitenta e sete anos de idade.”
Eu ri, e respondi entusiasticamente: “é claro que pode!”, e ela me deu um gigantesco apertão.
Não resisti e perguntei-lhe: “por que você está na faculdade em tão tenra e inocente idade?”, e ela respondeu brincalhona: “estou aqui para encontrar um marido rico, casar, ter um casal de filhos, e então me aposentar e viajar.”
“Está brincando”, eu disse. Eu estava curioso em saber o que a havia motivado a entrar neste desafio com a sua idade, e ela disse: “eu sempre sonhei em ter um estudo universitário, e agora estou tendo um!”
Após a aula nós caminhamos para o prédio da união dos estudantes, e dividimos um milkshake de chocolate. Nos tornamos amigos instantaneamente. Todos os dias nos próximos três meses nós teríamos aula juntos e falaríamos sem parar. Eu ficava sempre extasiado ouvindo aquela “máquina do tempo” compartilhar sua experiência e sabedoria comigo.
No decurso de um ano, Rose tornou-se um ícone no campus universitário, e fazia amigos facilmente, onde quer que fosse. Ela adorava vestir-se bem, e revelava-se na atenção que lhe davam os outros estudantes. Ela estava curtindo a vida! No fim do semestre nós convidamos Rose para falar no nosso banquete de futebol. Jamais esquecerei o que ela nos ensinou.
Ela foi apresentada e se aproximou do podium. Quando ela começou a ler a sua fala, já preparada, deixou cair três, das cinco folhas no chão. Frustrada e um pouco embaraçada, ela pegou o microfone e disse simplesmente: “desculpem-me, eu estou tão nervosa! Eu não conseguirei colocar meus papéis em ordem de novo, então deixem-me apenas falar para vocês sobre aquilo que eu sei.”
Enquanto nós ríamos, ela limpou sua garganta e começou: “nós não paramos de jogar porque ficamos velhos. Nós nos tornamos velhos porque paramos de jogar. Existem somente quatro segredos para continuarmos jovens, felizes e conseguir o sucesso.
Primeiro, você precisa rir e encontrar humor em cada dia.
Segundo, você precisa ter um sonho. Quando você perde seus sonhos, você morre. Nós temos tantas pessoas caminhando por aí que estão mortas e nem desconfiam!
Terceiro, há uma enorme diferença entre envelhecer e crescer. Se você tem dezenove anos de idade e ficar deitado na cama por um ano inteiro, sem fazer nada de produtivo, você ficará com vinte anos.
Se eu tenho oitenta e sete anos e ficar na cama por um ano e não fizer coisa alguma, eu ficarei com oitenta e oito anos. Qualquer um, mais cedo ou mais tarde ficará mais velho. Isso não exige talento nem habilidade, é uma consequência natural da vida. A ideia é crescer através das oportunidades.
E por último, não tenha remorsos. Os velhos geralmente não se arrependem por aquilo que fizeram, mas sim por aquelas coisas que deixaram de fazer. As lágrimas mais amargas diante de um túmulo, são mais por palavra não ditas do que por palavras ditas, portanto, não tenha medo de viver.
Ela concluiu seu discurso cantando corajosamente “A Rosa”. Ela desafiou a cada um de nós a estudar poesia e vivê-la em nossa vida diária. No fim do ano Rose terminou o último ano da faculdade que começara há tantos anos atrás.
Uma semana depois da formatura, Rose morreu tranquilamente em seu sono.
Mais de dois mil alunos da faculdade foram ao seu funeral, em tributo à maravilhosa mulher que ensinou, através de seu exemplo, que nunca é tarde demais para ser tudo aquilo que você pode provavelmente ser, se realmente desejar.
“Ficar velho é obrigatório, crescer é opcional”.
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Frases e pensamentos
Publiquei minhas frases e pensamentos no site Pensador da Uol, quem quiser pode acessar pelo link
http://pensador.uol.com.br/autor/bispo_rodrigo_faddoul/
Em Cristo,
+Bispo Rodrigo Faddoul
http://pensador.uol.com.br/autor/bispo_rodrigo_faddoul/
Em Cristo,
+Bispo Rodrigo Faddoul
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
Os doze pratos
Um príncipe chinês, orgulhava-se de sua coleção de porcelana, de tão rara quão antiga procedência, constituída por doze pratos assinalados por grande beleza artística e decorativa.
Certo dia, o seu zelador, em momento infeliz, deixou que se quebrasse uma das peças. Tomando conhecimento do desastre e possuído pela fúria, o príncipe condenou à morte o dedicado servidor, que fora vítima de uma circunstância fortuita.
A notícia tomou conta do Império, e, ás vésperas da execução do desafortunado servidor, apresentou-se um sábio bastante idoso, que se comprometeu a devolver a ordem à coleção, se o servo fosse perdoado.
Emocionado, o príncipe reuniu sua corte e aceitou a oferenda do venerando ancião. Este solicitou que fossem colocados todos os pratos restantes sobre uma toalha de linho, bordada cuidadosamente, e os pedaços da preciosa porcelana fossem espalhados em volta do móvel.
Atendido na sua solicitação, o sábio acercou-se da mesa e, num gesto inesperado, puxou a toalha com as porcelanas preciosas, atirando-as bruscamente sobre o piso de mármore e arrebentando-as todas.
Ante o estupor que tomou conta do soberano e de sua corte, muito sereno, ele disse:
-- Aí estão, senhor, todos iguais conforme prometi. Agora podeis mandar matar-me. Desde que essas porcelanas valem mais do que as vidas, e considerando-se que sou idoso e já vivi além do que deveria, sacrifico-me em benefício dos que irão morrer no futuro, quando cada uma dessas peças for quebrada. Assim, com a minha existência, pretendo salvar doze vidas, já que elas, diante desses objetos nada valem.
Passado o choque, o príncipe, comovido, libertou o velho e o servo, compreendendo que nada há mais precioso do que a vida em si mesma.
(Joanna de Angelis)
domingo, 17 de agosto de 2014
A Fábula do Porco-Espinho
Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor. Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha: ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. E assim sobreviveram.
Moral da História
O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades, trabalhando juntos para o bem comum.
"Com toda a humildade e amabilidade, com grandeza de alma, suportando-vos mutuamente com amor." Efésios 4:2
Que o Senhor vos abençoe!
Em Cristo
Bispo +Rodrigo Faddoul
sábado, 19 de julho de 2014
Feliz dia do Amigo
A amizade é
Érico Veríssimo
__________________________________________________________________
"Em todo o tempo ama o amigo e para a hora da angústia nasce o irmão" Provérbios 17:17
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Breve consideração sobre o Batismo
Eu sou de linha reformada, e a grande maioria dos
reformados aceitam o pedobatismo, mas eu não coaduno muito com essa
prática.
Primeiramente quando Jesus fala do batismo ele diz: "Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado." Marcos 16:16, ou seja, se requer que o batizado creia, algo que um bebê não pode fazer.
Jesus também atrelou o fazer discípulos ao ato de batizar: "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;" Mateus 28:19, ou seja, era para batizar os recém-discípulos, algo que um bebê não pode ser.
O
batismo é a iniciação da vida cristã, a confissão pública da renúncia
do pecado, uma criança não sabe o que é vida cristã, e nem pecado, e não
pode os pais ou padrinhos assumirem o voto pela criança, nem confessar
por ela, pois a salvação é individual.
Imagine
que uma criança seja batizada, e ao crescer ela se torne satanista, ou
ateia, o batismo de nada serviu, e Jesus nos adverte: "Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas
pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos
despedacem." Mateus 7:6, ou seja, não podemos sair batizando levianamente, pois muitos que foram batizados bebês renegaram a fé.
Imagine que você esteja com fome, o que você faz? Come alguma coisa ou faz alguém comer alguma coisa? Você como, é claro, pois quem está com fome é você. Assim é com o batismo, se eu creio, eu quem devo ser batizado, não é porque eu creio que vou batizar alguém na minha fé, como as crianças por exemplo. A criança vai receber um batismo imposto, e nada assegura que no futuro ela continuará cristã, sendo assim, eu batizo apenas quem já possa realmente crer por si só, e compreenda o que é o batismo.
Imagine que você esteja com fome, o que você faz? Come alguma coisa ou faz alguém comer alguma coisa? Você como, é claro, pois quem está com fome é você. Assim é com o batismo, se eu creio, eu quem devo ser batizado, não é porque eu creio que vou batizar alguém na minha fé, como as crianças por exemplo. A criança vai receber um batismo imposto, e nada assegura que no futuro ela continuará cristã, sendo assim, eu batizo apenas quem já possa realmente crer por si só, e compreenda o que é o batismo.
Em Cristo,
+Dom Rodrigo Faddoul
sábado, 21 de junho de 2014
Coisificação do Corpo Sacramental de Cristo
Por Bispo
Felismar Manoel
Quando
Jesus Cristo fez a Grande Comissão Apostólica para a continuidade do seu
Ministério na Terra, Ele prometeu continuar conosco dizendo: "Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos
séculos (Mateus 28: 20). Com certeza, neste tópico ele não se referia ao
Sacramento da Eucaristia e sim a afirmação da realidade de sua presença no
Mistério do Corpo Místico que é a sua Igreja Verdadeira.
Jesus
Cristo afirmou o efeito causalidade das reuniões verdadeiras em seu nome, sem
vinculação a ideologias espúrias de políticas institucionais, afirmando que,
onde estiverem reunidos dois ou três em seu nome, que ali também ele estará
presente (Mateus 18: 20). É verdade que Jesus Cristo está presente na igreja
reunida em seu nome; a verdadeira igreja tem sido o sacramento da presença de
Cristo no mundo ainda hoje.
O
verdadeiro cristão é um membro do corpo de Cristo ainda hoje na terra, de
maneira espiritual, moral e eficaz, quando verdadeiramente o amar e guardar a
sua palavra em sua vida; pois foi Jesus Cristo mesmo quem disse: "Se
alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele
e faremos nele morada" (João 14: 23).
Jesus
Cristo é realmente o nosso alimento espiritual, o Pão da Vida descido do céu,
conforme afirmou: " Eu sou o pão da
vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim, jamais terá
sede" (João ¨: 35). É claro que o Sacramento da Eucaristia na Santa Ceia é
um meio eficaz para mantermos os laços de nossa comunhão com Deus e todos os
santos em Cristo. Jesus Cristo prometeu,
"quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim e eu
nele" (João 6: 56).
O
Sacramento da Eucaristia na Santa Ceia Cristã é um meio eficaz para consolidar
esta Santa Comunhão em Deus com Cristo e os irmãos; foi por isto que ele reuniu
seus apóstolos na celebração da páscoa, e enquanto comiam, tomou Jesus um pão
e, abençoando-o, partiu e lhes deu, dizendo:
"Tomai, isto é o meu corpo. A seguir, Jesus tomou um
cálice e, tendo dado graças, o deu aos
seus discípulos; e todos beberam dele.
Então lhes disse: Isto é o meu sangue, o sangue da nova
aliança, derramado em favor de muitos."
Marcos 14: 22-24
Devemos
estar unidos no amor de Cristo nas orações, nas adorações, louvores e no partir
do pão; assim entenderam os apóstolos e entendem hoje os seus discípulos
espalhados por todo o mundo.
Jesus
Cristo se faz presente no mundo através das atitudes dos cristãos, amando e
confessando a Jesus Cristo como o Filho de Deus, o único e suficiente salvador
e pondo em prática os seus ensinamentos. Assim somos os membros do seu Corpo
Místico mantendo-o presente no mundo em
nossos dias e até os fins dos tempos.
O
Sacramento do pão e vinho constitui a
presença de Cristo de modo eficaz, sacramental e espiritual, como comida e como
bebida, elementos essenciais para manter a continuidade da vida na graça de Deus, mas não devemos subvertê-lo
a "coisa material", que possa ser exibido nos ostensórios, nas ruas e
praças, pois ele, o sacramento, foi instituído para ser o nosso alimento
espiritual, sacramental como memorial do sacrifício e vida do Senhor e Salvador
Jesus Cristo; não podemos em sã consciência transformá-lo em um "troféu material", reservado, para
ser exibido e adorado como ídolo.
Que a Santa Eucaristia na Santa Ceia, seja um penhor do
corpo e sangue de Cristo para alimento de nossas almas, enquanto vivermos na
terra, como um perene memorial da encarnação, testemunho de vida e sacrificio
até a morte na cruz, do nosso Único e Suficiente Salvador Jesus Cristo Filho de
Deus.
Que Deus abençoe a todos
Dom Felismar Manoel - Bispo Primaz
Catolicismo Apostólico Salomonita
Retirado de: www.alforriacrista.blogspot.com
domingo, 11 de maio de 2014
E conhecereis a Verdade
Dezenas de pessoas cercam uma mulher, e aos gritos de "bruxa" e "feiticeira", essas mesmas pessoas começam a bater na mulher, numa verdadeira sessão de linchamento, e em meio a desespero e ao sangramento da pobre indefesa, arrastam-na pelas ruas, espancando-a até a inconsciência, acarretando posteriormente na sua morte.
Esta cena descrita acima é uma típica cena da Idade Média, aonde sob acusação de bruxaria, sentenciava-se alguém à morte; porém este cenário é um fato ocorrido nos dias atuais, em pleno século XXI, em uma cidade do litoral de SP, aonde uma multidão enfurecida espancou uma mulher pelo fato de achar que a mesma praticava magia negra com crianças.
Na Idade Média bastava alguém testemunhar sobre uma suposta bruxa, e logo a vítima era conduzida aos suplícios, já nos dias atuais basta alguém começar um boato nas redes sociais para gerar semelhante atitude.
Vemos que embora a chamada Idade das Trevas tenha acabado, está longe de acabar as trevas do coração humano, que tomado dos instintos mais primitivos, demonstram o animal irracional que realmente são.
O que seria engraçado se não fosse realmente trágico, é que a mulher acusada de feitiçaria voltava da igreja, e o livro confundido com um manual de magia negra era somente uma Bíblia, que a coitada foi buscar, pois tinha esquecido-a em sua congregação.
Urgente é que a misericórdia divina se faça presente nos corações empedernidos, e que o Amor de Deus venha substituir o ódio e as trevas entranhadas no abismo da negra mente humana, e que sejamos impelidos a buscar o conhecimento dos fatos e principalmente o conhecimento de Deus. Jesus declarou que: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará." (João 8:32).
Que Deus nos ajude e nos ilumine a mente
Em Cristo,
+Dom Rodrigo Faddoul
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
ICAI-TS
sábado, 26 de abril de 2014
Ano Litúrgico
O Ano Litúrgico é o “Calendário religioso”. Contém as datas dos
acontecimentos da História da Salvação. Não coincide com o ano civil,
que começa no dia primeiro de janeiro e termina no dia 31 de dezembro.
O Ano Litúrgico começa e termina quatro semanas antes do Natal. Tem
como base as fases da lua. Compõe-se de dois grandes ciclos: o Natal e
a Páscoa. São como dois pólos em torno dos quais gira todo o Ano
Litúrgico.
O Natal tem um tempo de preparação, que é o Advento; e a Páscoa tem também um tempo de preparação, que é a Quaresma. Ao lado do Natal e da Páscoa está um período longo, de 34 semanas, chamado Tempo Comum. O Ano Litúrgico começa com o Primeiro Domingo do Advento e termina com o último sábado do Tempo Comum, que é na véspera do Primeiro Domingo do Advento. A seqüência dos diversos “tempos” do Ano Litúrgico é a seguinte:
CICLO DO NATAL
ADVENTO
(Advento: Inicia-se o ano litúrgico. Compõe-se de 4 semanas. Começa 4 domingos antes do Natal e termina no dia 24 de dezembro. Não é um tempo de festas, mas de alegria moderada e preparação para receber Jesus.)
Início: 4 domingos antes do Natal
Término: 24 de dezembro à tarde
Espiritualidade: Esperança e purificação da vida
Ensinamento: Anúncio da vinda do Messias
Cor: Roxa
NATAL
(Natal: 25 de dezembro. É comemorado com alegria, pois é a festa do Nascimento do Salvador.)
Início: 25 de dezembro
Término: Na festa do Batismo de Jesus
Espiritualidade: Fé, alegria e acolhimento.
Ensinamento: O filho de Deus se fez Homem
Cor: Branca
TEMPO COMUM
1ª PARTE
(1ª parte: Começa após o batismo de Jesus e acaba na terça antes da quarta-feira de Cinzas.)
Início: 2ª feira após o Batismo de Jesus
Término: Véspera da Quarta-feira das Cinzas
Espiritualidade: Esperança e escuta da Palavra
Ensinamento: Anúncio do Reino de Deus
Cor: Verde
2ª PARTE
(2ª parte: Começa na segunda após Pentecostes e vai até o sábado anterior ao 1º Domingo do advento.)
Início: Segunda-feira após o Pentecostes
Término: Véspera do 1º Domingo do Advento
Espiritualidade: Vivência do Reino de Deus
Ensinamento: Os Cristãos são o sinais do Reino
Cor: Verde
CICLO DA PÁSCOA
QUARESMA
Quaresma: Começa na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da semana santa. Tempo forte de conversão e penitência, jejum, esmola e oração. É um tempo de 5 semanas em que nos preparamos para a Páscoa.
Não se diz "Aleluia", nem se colocam flores na igreja, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o Hino de Louvor. É um tempo de sacrifício e penitências, não de louvor.
Início: Quarta-Feira das Cinzas
Término: Quarta-feira da Semana Santa
Espiritualidade: Penitência e conversão
Ensinamento: A misericórdia de Deus
Cor: Roxa
PÁSCOA
Páscoa: Começa com a ceia do Senhor na quinta-feira santa. Neste dia é celebrada a Instituição da Eucaristia e do sacerdote. Na sexta-feira celebra-se a paixão e morte de Jesus. É o único dia do ano que não tem missa. Acontece apenas uma Celebração da Palavra.
No sábado acontece a solene Vigília Pascal. Forma-se então o Tríduo Pascal que prepara o ponto máximo da páscoa: o Domingo da Ressurreição. A Festa da Páscoa não se restringe ao Domingo da Ressurreição. Ela se estende até a Festa de Pentecostes. (Pentecostes: É celebrado 50 dias após a Páscoa. Jesus ressuscitado volta ao Pai e nos envia o Paráclito.)
Início: Quinta-feira Santa (Tríduo Pascal)
Término: No Pentecostes
Espiritualidade: Alegria em Cristo Ressuscitado
Ensinamento: Ressurreição e vida eterna
Cor: Branca
Importante:
Ao todo são 34 semanas. É um período sem grandes acontecimentos. É um tempo que nos mostra que Deus se fez presente nas coisas mais simples. É um tempo de esperança e acolhimento da Palavra de Deus.
"O Tempo comum não é tempo vazio. É tempo de a Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e nos trabalhos pelo Reino."
O Natal tem um tempo de preparação, que é o Advento; e a Páscoa tem também um tempo de preparação, que é a Quaresma. Ao lado do Natal e da Páscoa está um período longo, de 34 semanas, chamado Tempo Comum. O Ano Litúrgico começa com o Primeiro Domingo do Advento e termina com o último sábado do Tempo Comum, que é na véspera do Primeiro Domingo do Advento. A seqüência dos diversos “tempos” do Ano Litúrgico é a seguinte:
CICLO DO NATAL
ADVENTO
(Advento: Inicia-se o ano litúrgico. Compõe-se de 4 semanas. Começa 4 domingos antes do Natal e termina no dia 24 de dezembro. Não é um tempo de festas, mas de alegria moderada e preparação para receber Jesus.)
Início: 4 domingos antes do Natal
Término: 24 de dezembro à tarde
Espiritualidade: Esperança e purificação da vida
Ensinamento: Anúncio da vinda do Messias
Cor: Roxa
NATAL
(Natal: 25 de dezembro. É comemorado com alegria, pois é a festa do Nascimento do Salvador.)
Início: 25 de dezembro
Término: Na festa do Batismo de Jesus
Espiritualidade: Fé, alegria e acolhimento.
Ensinamento: O filho de Deus se fez Homem
Cor: Branca
TEMPO COMUM
1ª PARTE
(1ª parte: Começa após o batismo de Jesus e acaba na terça antes da quarta-feira de Cinzas.)
Início: 2ª feira após o Batismo de Jesus
Término: Véspera da Quarta-feira das Cinzas
Espiritualidade: Esperança e escuta da Palavra
Ensinamento: Anúncio do Reino de Deus
Cor: Verde
2ª PARTE
(2ª parte: Começa na segunda após Pentecostes e vai até o sábado anterior ao 1º Domingo do advento.)
Início: Segunda-feira após o Pentecostes
Término: Véspera do 1º Domingo do Advento
Espiritualidade: Vivência do Reino de Deus
Ensinamento: Os Cristãos são o sinais do Reino
Cor: Verde
CICLO DA PÁSCOA
QUARESMA
Quaresma: Começa na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da semana santa. Tempo forte de conversão e penitência, jejum, esmola e oração. É um tempo de 5 semanas em que nos preparamos para a Páscoa.
Não se diz "Aleluia", nem se colocam flores na igreja, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o Hino de Louvor. É um tempo de sacrifício e penitências, não de louvor.
Início: Quarta-Feira das Cinzas
Término: Quarta-feira da Semana Santa
Espiritualidade: Penitência e conversão
Ensinamento: A misericórdia de Deus
Cor: Roxa
PÁSCOA
Páscoa: Começa com a ceia do Senhor na quinta-feira santa. Neste dia é celebrada a Instituição da Eucaristia e do sacerdote. Na sexta-feira celebra-se a paixão e morte de Jesus. É o único dia do ano que não tem missa. Acontece apenas uma Celebração da Palavra.
No sábado acontece a solene Vigília Pascal. Forma-se então o Tríduo Pascal que prepara o ponto máximo da páscoa: o Domingo da Ressurreição. A Festa da Páscoa não se restringe ao Domingo da Ressurreição. Ela se estende até a Festa de Pentecostes. (Pentecostes: É celebrado 50 dias após a Páscoa. Jesus ressuscitado volta ao Pai e nos envia o Paráclito.)
Início: Quinta-feira Santa (Tríduo Pascal)
Término: No Pentecostes
Espiritualidade: Alegria em Cristo Ressuscitado
Ensinamento: Ressurreição e vida eterna
Cor: Branca
Importante:
Ao todo são 34 semanas. É um período sem grandes acontecimentos. É um tempo que nos mostra que Deus se fez presente nas coisas mais simples. É um tempo de esperança e acolhimento da Palavra de Deus.
"O Tempo comum não é tempo vazio. É tempo de a Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e nos trabalhos pelo Reino."
domingo, 9 de março de 2014
A Terra não é apenas nossa
O que você faria se destruíssem tua casa, lhe privassem de seus bens e de seu meio de sobrevivência? Certamente você ficaria desolado, desesperado e abalado não é mesmo? Seria uma situação difícil e ninguém deseja passar por isso. Mas me pergunto, então por que fazemos isso todos os dias com os nossos animais? Todos os dias privamos centenas de bichos de suas "casas", de seu meio de sobrevivência e de seu sustento, e não damos conta de que eles precisam sobreviver assim como nós. A Terra não é apenas dos homens, é de todos aqueles que aqui vivem, humanos, animais, plantas, fungos, bactérias e etc. Devemos respeitar o habitat dos animais, preservar a morada de nossa fauna. devemos respeitar a flora, pois sem ela não poderíamos respirar, não sobreviveríamos muito tempo, pois o planeta se tornaria inóspito. Pense nisso, se não é algo bom para nós perder nossa morada, também não é bom para os animais, nem tampouco para as plantas. Deveríamos ser os cuidadores deste planeta, e no entanto estamos destruindo-o cada vez mais. "E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o GUARDAR." Gênesis 2:15
Em Cristo
+Bp. Rodrigo Faddoul
Em Cristo
+Bp. Rodrigo Faddoul
sábado, 8 de março de 2014
A MAIS BELA FLOR
Por
volta do ano 250 a.C., na China antiga, um certo príncipe da região de
Thing-Zda, norte do país, estava as vésperas de ser coroado imperador,
mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar. Sabendo disso, ele
resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte ou quem quer que
se
achasse digna de sua auspiciosa proposta.
No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio ha muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.
Ao chegar em casa e relatar o fato a jovem, espantou-se ao ouvir que ela pretenderia ir a celebração, e indagou incrédula: - Minha filha, o que achas que fará lá ? Estarão presentes todas as mais belas e ricas mocas da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.
E a filha respondeu: - Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me torna feliz, pois sei que meu destino é outro.
À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas mocas, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio: - Darei, para cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China.
A proposta do príncipe não fugiu as profundas tradições daquele povo, que valorizavam muito a especialidade de "cultivar" algo sejam costumes, amizades, relacionamentos etc...
O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura pois sabia que se a beleza das flores surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado.
Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem de tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido e dia a dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada ela havia cultivado, e, consciente do seu esforço e dedicação comunicou a sua mãe que independente das circunstancias retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além do que mais alguns momentos na companhia do príncipe.
Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, de todas as mais variadas formas e cores. Ela estava absorta, nunca havia presenciado tal bela cena. E finalmente chega o momento esperado, o príncipe chega e observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção e após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa.
As pessoas presentes tiveram as mais inusitadas reações, ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado, então, calmamente ele esclareceu: - Esta foi a única que cultivou a flor que a fez digna de se tornar uma imperatriz, a flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio ha muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.
Ao chegar em casa e relatar o fato a jovem, espantou-se ao ouvir que ela pretenderia ir a celebração, e indagou incrédula: - Minha filha, o que achas que fará lá ? Estarão presentes todas as mais belas e ricas mocas da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.
E a filha respondeu: - Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me torna feliz, pois sei que meu destino é outro.
À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas mocas, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio: - Darei, para cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China.
A proposta do príncipe não fugiu as profundas tradições daquele povo, que valorizavam muito a especialidade de "cultivar" algo sejam costumes, amizades, relacionamentos etc...
O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura pois sabia que se a beleza das flores surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado.
Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem de tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido e dia a dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada ela havia cultivado, e, consciente do seu esforço e dedicação comunicou a sua mãe que independente das circunstancias retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além do que mais alguns momentos na companhia do príncipe.
Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, de todas as mais variadas formas e cores. Ela estava absorta, nunca havia presenciado tal bela cena. E finalmente chega o momento esperado, o príncipe chega e observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção e após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa.
As pessoas presentes tiveram as mais inusitadas reações, ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado, então, calmamente ele esclareceu: - Esta foi a única que cultivou a flor que a fez digna de se tornar uma imperatriz, a flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
"E Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará."
João 8:32
domingo, 19 de janeiro de 2014
Alguns Pensamentos sobre ser Guiado pelo Espírito
Alguns Pensamentos sobre ser Guiado pelo Espírito Prof. Herman C. Hanko
Existem várias expressões similares que estão aparecendo com crescente freqüência na imprensa religiosa.* Lamentavelmente, elas são encontradas freqüentemente nos lábios de conservadores; isto é, aqueles que sempre foram geralmente reconhecidos como o lado conservador da religião contra os liberais. Essas expressões parecem piedosas, e deixam uma boa impressão na mente de muitos quanto à ortodoxia daquele que as usa. Tais expressões, tenho observado, estão tendo um efeito considerável também sobre o povo em geral, pois tenho ouvido a expressão (ou alguma forma dela) dos lábios de várias pessoas em mais de uma ocasião. Assim, esse não é um assunto de pouca importância.
As expressões as quais me refiro são algo semelhante a isso: “Estou esperando a orientação do Espírito Santo nessa questão”. “Estou pronto para seguir a liderança do Espírito”. “O Espírito colocou no meu coração que…”. “O Espírito deve nos mostrar o caminho nesse assunto”. “Oremos por direção do Espírito”. Você já deve ter ouvido ou lido tais expressões, ou similares. Todas têm isso em comum: falam de viver e tomar decisões por meio da orientação do Espírito Santo.
Isso soa muito piedoso e parece indicar uma vida espiritual forte.
Num jornal recente de uma Igreja, outro aspecto dessa questão toda foi discutido. O autor de um artigo estava falando de “pecados contra o Espírito Santo”. Ele afirmava que existem duas maneiras de alguém pecar contra o Espírito. Uma dessas é afirmar que o ativismo social é realmente a obra do Espírito. Alguém peca, então, quando atribui certas obras ao Espírito (tais como a ofensiva vietcongue no Vietnã, os esforços de negros para adquirir direitos iguais, movimentos liberais de mulheres, etc.) que não são o fruto do Espírito de forma alguma. Mas existe outra forma de pecar contra o Espírito. É negando a presença do Espírito em movimentos onde o Espírito está obviamente trabalhando. Quando alguém nega que o Movimento Jesus, Explo 72, cruzadas Billy Graham, Pentecostalismo, etc. não são obras do Espírito, essa pessoa peca contra o Espírito da mesma forma que o liberal peca contra o Espírito ao reivindicar a obra do Espírito que o Espírito nunca fez.
Falando de modo geral, quando alguém fala sobre ser guiado pelo Espírito, ou levado pelo Espírito, ou esperando que o Espírito mostre o caminho, ele está falando de um problema particular que está enfrentando. Eu tenho, por exemplo, lido essa expressão em conexão com pessoas que estavam tentando resolver se deveriam ou não deixar uma denominação que estava obviamente passando a abraçar uma doutrina falsa. Elas permaneceram em sua denominação, mas diziam estar esperando que o Espírito lhes mostrasse o que deveriam fazer. Ouvi a mesma expressão usada repetidamente em conexão com uma grande quantidade de renovação litúrgica em nossos dias. Devemos, assim é dito, dar ao Espírito livre controle em nossos cultos de adoração. Devemos liberar o Espírito, pois a Igreja tem por muito tempo acorrentado o Espírito em formas de adoração estereotipadas. Novamente, a expressão é às vezes usada em apoio dos Programas de Ênfase Evangelística, em várias igrejas onde as pessoas são urgidas a alterar radicalmente toda a estrutura política da Igreja, de forma a dar ao Espírito mais lugar para operar. Somente então o evangelho se tornará eficaz e terá uma influência livre sobre as comunidades ao nosso redor. Somos então lembrados que o Espírito é como o vento, que “assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai” (João 3:8).
Esse tipo de coisa me perturba grandemente. E existem, parecem-me, problemas insuperáveis em tudo isso. Eu posso, por exemplo, pensar e afirmar que o Espírito me diz para permanecer numa denominação apóstata durante um tempo ainda. Mas meu irmão que pertence à mesma congregação e está tão determinado em manter a verdade quanto eu, me informa que o Espírito lhe disse que chegou o tempo de partir e procurar a pregação pura da Palavra. Quem tem o Espírito? Eu ousaria dizer-lhe que ele está confundindo a liderança do Espírito com algumas influências demoníacas de um tipo ou outro? E se ele me disser que não estou sendo guiado pelo Espírito em minha decisão de ficar, mas que estou agindo com segundas intenções? Quem estará certo? Quem pode dizer?
Nem adianta fazer do assunto todo uma questão de consciência, pois a consciência de cada homem dirá algo diferente. E alguém pode concluir que é impossível dizer como ou onde o Espírito opera, e impossível saber se o Espírito está operando de alguma forma. Mesmo que o Espírito aja como o vento, isso significa que nunca podemos decidir com alguma certeza onde o Espírito deve ser encontrado? Isso tudo me parece levar ao lamaçal do subjetivismo espiritual e a um tipo de agnosticismo moral de forma que, com respeito às questões centrais do nosso chamado, não temos forma de determinar com certeza o que o Espírito tem a dizer e para onde está guiando.
Se levada ao seu extremo, essa é uma situação sem esperança.
Existe uma resposta para tudo isso. Essa resposta é um princípio que tem sido estimado pelas Igrejas da Reforma desde os princípios do século XVII, quando os Reformadores apresentaram suas visões sobre esse assunto. E a resposta é simplesmente essa: as Escrituras são a única regra de fé e prática [vida]. Recebemos da parte de Deus o padrão objetivo das Escrituras. É a Palavra de Deus para nós, que cobre tudo da nossa vida e chamado. É algo que todos podem entender. É uma regra e cânon para nós em nossa vida. Foi dada com uma lâmpada para os nossos pés, e uma luz para o nosso caminho. Ela sempre mostra o caminho.
De fato, o Espírito opera no coração do povo de Deus de tal forma que os leva e guia. Paulo até mesmo fala em Romanos 8:14 do fato que “todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus”. Mas existe uma firme verdade que deve ser mantida e defendida: nunca existe direção do Espírito à parte da Palavra de Deus. O Espírito age sempre e somente em conexão com a Palavra – nunca à parte dela. De fato existe direção dada pelo Espírito no coração e vida do povo de Deus. Mas isso nunca pode ser um testemunho do Espírito divorciado do testemunho objetivo das Escrituras. Quando a obra do Espírito é isolada dessa forma das Escrituras, não existe nenhuma obra do Espírito de forma alguma; e o homem se entrega aos seus desejos pessoais, imaginações selvagens e coração enganoso. O Espírito age em conexão com a pregação da Palavra acima de tudo. Ele renova, ilumina, restaura e aplica essa Palavra. Mas, quando um crente se sujeita às Escrituras e se curva humildemente diante da Palavra de Deus, então, mesmo em sua vida pessoal, ele pode esperar que o Espírito fale com ele dirigindo-o em sua vida e chamado, mas sempre apontando para ensinos específicos das Escrituras. Não existe nenhuma luz interior, nenhuma revelação subjetiva, nenhum discernimento pessoal que o Espírito dê à parte das Escrituras. Elas são uma firme rocha na qual a nossa vida deve estar alicerçada. Quando o Espírito nos diz o que as Escrituras dizem, então, e somente então, sabemos que estamos sobre terreno seguro.
Quando alguém alega, portanto, permanecer numa denominação apóstata que não pode ser resgatada aos caminhos da verdade e da justiça; quando ele sabe que um testemunho fiel da verdade pode acontecer somente por meio da separação, então ele pode estar certo que o Espírito não lhe dirá para permanecer mais um pouco. E ele não deve falar sobre esperar a direção do Espírito nesse assunto.
Quando um homem está intentando liberar o Espírito (parece-me estranho como alguém que está comprometido à fé na obra soberana do Espírito possa falar de “liberar” o Espírito) por meio de renovações litúrgicas e alterações nas estruturas eclesiásticas por causa de vários programas evangelísticos – tais como Explo 72** ou Key '73** –, então ele faria melhor indo primeiramente à Palavra de Deus, e se debruçando diante dela para descobrir o que a Escritura requer com respeito à estrutura institucional da Igreja, princípios da adoração a Deus e programas evangelísticos. Se ele deseja ardentemente a direção do Espírito, o Espírito lhe mostrará imediatamente que esse tipo de coisa é contrário à Palavra de Deus, e que o Espírito nunca agirá de tais formas. De fato, se persistir, ele não estará liberando ou seguindo o Espírito, mas desafiando-o e seguindo seu próprio caminho prepotente e arrogante a despeito do que o Espírito disse na Palavra de Deus.
Devemos, João nos diz em sua primeira epístola, testar os espíritos para ver se eles procedem de Deus. Existem muitos espíritos hoje que são chamados de Espírito Santo. A Palavra de Deus dirá. Dirá a qualquer um que queria ouvir. Dirá a alguém que seja iluminado pelo Espírito. Paulo fala precisamente de tudo isso em 1 Coríntios 2:10-16, uma passagem que está precisamente no contexto de sua pregação da Palavra de Deus aos coríntios. Ele escreve: “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo”.
Sem dúvida, estou ciente do fato que existem problemas específicos da vida, que não estão especificamente revelados na Escritura. Refiro-me, por exemplo, ao fato que um jovem pode, em seus anos de escola secundária, crer que foi chamado para ser um ministro do evangelho. Provavelmente falará sobre o assunto com seus pais e seu pastor; e eles, se forem pessoas piedosas, lhe dirão que deve procurar conhecer a vontade de Deus nessa questão. Ele pode, presumo, ser instado a seguir a orientação do Espírito para buscar uma resolução do seu problema. Ele nos assegurará rapidamente que não existe nenhuma passagem específica na Escritura que tenha o seu nome nela, e que aponte objetivamente que ele foi chamado para o ministério. E existem mais problemas como esse na vida. O que fazer? Não temos um caso aqui onde, em questões específicas, a orientação do Espírito é à parte do testemunho objetivo da Palavra de Deus?
Não, mesmo isso nunca acontecerá. Em primeiro lugar, a decisão toda é feita dentro do contexto das Escrituras que falam do fato que os homens de Deus dentro da Igreja são chamados por Deus para serem embaixadores de Cristo na pregação da Palavra. E isso é importante e não deve ser subestimado. Em segundo lugar, tal jovem deve fazer sua decisão em oração, buscando cuidadosamente descobrir a vontade de Deus por uma consideração objetiva de muitas circunstâncias diferentes. O Senhor deve lhe dar os dons e talentos para fazer essa obra. O Senhor deve lhe dar um amor pelo ministério e um desejo de estudar. O Senhor deve abrir o caminho para ele estudar por muitos anos. Essas coisas e muitas outras são evidências objetivas da vontade do Senhor. Mesmo então, quando tudo o mais for dito e feito, nenhum homem é chamado para o ministério até que tenha finalmente recebido tal chamado objetivo da própria Igreja de Cristo. Ele deve responder, quando for ordenado, que crê ter sido chamado pela Igreja de Cristo e, portanto, pelo próprio Cristo.
E assim se dá em tudo da vida.
A história da Igreja de Cristo é uma história repleta com exemplos de esforços feitos por parte dos ímpios para afastar a Igreja e os crentes do padrão objetivo da Palavra de Deus. Toda heresia é uma tentativa de fazer isso. Toda perversão de doutrina e prática tem isso como a sua origem perversa. Mas se alguém abandona o padrão objetivo da Palavra de Deus (e a história mostra como isso é verdadeiro), ele tem apenas duas alternativas. Uma é estabelecer o padrão da razão como o árbitro final de questões da vida. Isso é racionalismo; e a evidência é clara que a Igreja teve sua porção de racionalistas no decorrer dos séculos. A outra é estabelecer os sentimentos, as emoções, as convicções internas como um padrão da verdade e da vida. Isso tem sido historicamente pietismo ou misticismo, ou, como pode ser apropriadamente chamado em nossos dias, neopentecostalismo. Essas são as únicas duas alternativas reais que existem. Abandonando as Escrituras, a pessoa recorrerá à razão ou à luz interior. Mas ambas são essencialmente a mesma coisa; pelo menos nesse respeito, ao fazer do próprio homem o juiz final da verdade e do correto, quer pela mente do homem, ou pelos seus sentimentos internos. E ambas são subjetivismo. Uma total falta de esperança.
Existem muitos que desaprovariam veementemente quaisquer tendências para com o neo-pentecostalismo em suas vidas. Todavia, eles repetidamente falam da orientação do Espírito como divorciada das Escrituras, e tornam-se, para a confusão de todos, pentecostais de fato. Elas podem não falar em línguas; e podem não crer na fé que cura. Mas quando se divorciam da Palavra de Deus, caem na mesma armadilha mortal.
Sejamos, então, guiados pelo Espírito, pois somos filhos de Deus. Mas estejamos muito, muito certos que sabemos e entendemos que a orientação do Espírito vem através da luz iluminadora das Escrituras, a Palavra de Deus.
Notas do tradutor:
* O autor está escrevendo em 1973. A situação mudou muito de lá pra cá e, infelizmente, para pior.
** Conferência evangélica patrocinada pela Cruzada Campus para Cristo. Aconteceu de 12 a 17 de junho de 1972, em várias localidades em Dallas, Texas. Foi grandemente criticada por evangélicos conservadores devido ao envolvimento ecumênico de protestantes e católicos no evento, bem como o uso de música rock. Billy Graham falou em seis ocasiões diferentes durante o evento.
*** Outro movimento evangelístico ecumênico.
Fonte: The Standar Bearer, Volume 49, Issue 11, Março de 1973.
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
retirado de : http://internautascristaos.blogspot.com.br
Existem várias expressões similares que estão aparecendo com crescente freqüência na imprensa religiosa.* Lamentavelmente, elas são encontradas freqüentemente nos lábios de conservadores; isto é, aqueles que sempre foram geralmente reconhecidos como o lado conservador da religião contra os liberais. Essas expressões parecem piedosas, e deixam uma boa impressão na mente de muitos quanto à ortodoxia daquele que as usa. Tais expressões, tenho observado, estão tendo um efeito considerável também sobre o povo em geral, pois tenho ouvido a expressão (ou alguma forma dela) dos lábios de várias pessoas em mais de uma ocasião. Assim, esse não é um assunto de pouca importância.
As expressões as quais me refiro são algo semelhante a isso: “Estou esperando a orientação do Espírito Santo nessa questão”. “Estou pronto para seguir a liderança do Espírito”. “O Espírito colocou no meu coração que…”. “O Espírito deve nos mostrar o caminho nesse assunto”. “Oremos por direção do Espírito”. Você já deve ter ouvido ou lido tais expressões, ou similares. Todas têm isso em comum: falam de viver e tomar decisões por meio da orientação do Espírito Santo.
Isso soa muito piedoso e parece indicar uma vida espiritual forte.
Num jornal recente de uma Igreja, outro aspecto dessa questão toda foi discutido. O autor de um artigo estava falando de “pecados contra o Espírito Santo”. Ele afirmava que existem duas maneiras de alguém pecar contra o Espírito. Uma dessas é afirmar que o ativismo social é realmente a obra do Espírito. Alguém peca, então, quando atribui certas obras ao Espírito (tais como a ofensiva vietcongue no Vietnã, os esforços de negros para adquirir direitos iguais, movimentos liberais de mulheres, etc.) que não são o fruto do Espírito de forma alguma. Mas existe outra forma de pecar contra o Espírito. É negando a presença do Espírito em movimentos onde o Espírito está obviamente trabalhando. Quando alguém nega que o Movimento Jesus, Explo 72, cruzadas Billy Graham, Pentecostalismo, etc. não são obras do Espírito, essa pessoa peca contra o Espírito da mesma forma que o liberal peca contra o Espírito ao reivindicar a obra do Espírito que o Espírito nunca fez.
Falando de modo geral, quando alguém fala sobre ser guiado pelo Espírito, ou levado pelo Espírito, ou esperando que o Espírito mostre o caminho, ele está falando de um problema particular que está enfrentando. Eu tenho, por exemplo, lido essa expressão em conexão com pessoas que estavam tentando resolver se deveriam ou não deixar uma denominação que estava obviamente passando a abraçar uma doutrina falsa. Elas permaneceram em sua denominação, mas diziam estar esperando que o Espírito lhes mostrasse o que deveriam fazer. Ouvi a mesma expressão usada repetidamente em conexão com uma grande quantidade de renovação litúrgica em nossos dias. Devemos, assim é dito, dar ao Espírito livre controle em nossos cultos de adoração. Devemos liberar o Espírito, pois a Igreja tem por muito tempo acorrentado o Espírito em formas de adoração estereotipadas. Novamente, a expressão é às vezes usada em apoio dos Programas de Ênfase Evangelística, em várias igrejas onde as pessoas são urgidas a alterar radicalmente toda a estrutura política da Igreja, de forma a dar ao Espírito mais lugar para operar. Somente então o evangelho se tornará eficaz e terá uma influência livre sobre as comunidades ao nosso redor. Somos então lembrados que o Espírito é como o vento, que “assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai” (João 3:8).
Esse tipo de coisa me perturba grandemente. E existem, parecem-me, problemas insuperáveis em tudo isso. Eu posso, por exemplo, pensar e afirmar que o Espírito me diz para permanecer numa denominação apóstata durante um tempo ainda. Mas meu irmão que pertence à mesma congregação e está tão determinado em manter a verdade quanto eu, me informa que o Espírito lhe disse que chegou o tempo de partir e procurar a pregação pura da Palavra. Quem tem o Espírito? Eu ousaria dizer-lhe que ele está confundindo a liderança do Espírito com algumas influências demoníacas de um tipo ou outro? E se ele me disser que não estou sendo guiado pelo Espírito em minha decisão de ficar, mas que estou agindo com segundas intenções? Quem estará certo? Quem pode dizer?
Nem adianta fazer do assunto todo uma questão de consciência, pois a consciência de cada homem dirá algo diferente. E alguém pode concluir que é impossível dizer como ou onde o Espírito opera, e impossível saber se o Espírito está operando de alguma forma. Mesmo que o Espírito aja como o vento, isso significa que nunca podemos decidir com alguma certeza onde o Espírito deve ser encontrado? Isso tudo me parece levar ao lamaçal do subjetivismo espiritual e a um tipo de agnosticismo moral de forma que, com respeito às questões centrais do nosso chamado, não temos forma de determinar com certeza o que o Espírito tem a dizer e para onde está guiando.
Se levada ao seu extremo, essa é uma situação sem esperança.
Existe uma resposta para tudo isso. Essa resposta é um princípio que tem sido estimado pelas Igrejas da Reforma desde os princípios do século XVII, quando os Reformadores apresentaram suas visões sobre esse assunto. E a resposta é simplesmente essa: as Escrituras são a única regra de fé e prática [vida]. Recebemos da parte de Deus o padrão objetivo das Escrituras. É a Palavra de Deus para nós, que cobre tudo da nossa vida e chamado. É algo que todos podem entender. É uma regra e cânon para nós em nossa vida. Foi dada com uma lâmpada para os nossos pés, e uma luz para o nosso caminho. Ela sempre mostra o caminho.
De fato, o Espírito opera no coração do povo de Deus de tal forma que os leva e guia. Paulo até mesmo fala em Romanos 8:14 do fato que “todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus”. Mas existe uma firme verdade que deve ser mantida e defendida: nunca existe direção do Espírito à parte da Palavra de Deus. O Espírito age sempre e somente em conexão com a Palavra – nunca à parte dela. De fato existe direção dada pelo Espírito no coração e vida do povo de Deus. Mas isso nunca pode ser um testemunho do Espírito divorciado do testemunho objetivo das Escrituras. Quando a obra do Espírito é isolada dessa forma das Escrituras, não existe nenhuma obra do Espírito de forma alguma; e o homem se entrega aos seus desejos pessoais, imaginações selvagens e coração enganoso. O Espírito age em conexão com a pregação da Palavra acima de tudo. Ele renova, ilumina, restaura e aplica essa Palavra. Mas, quando um crente se sujeita às Escrituras e se curva humildemente diante da Palavra de Deus, então, mesmo em sua vida pessoal, ele pode esperar que o Espírito fale com ele dirigindo-o em sua vida e chamado, mas sempre apontando para ensinos específicos das Escrituras. Não existe nenhuma luz interior, nenhuma revelação subjetiva, nenhum discernimento pessoal que o Espírito dê à parte das Escrituras. Elas são uma firme rocha na qual a nossa vida deve estar alicerçada. Quando o Espírito nos diz o que as Escrituras dizem, então, e somente então, sabemos que estamos sobre terreno seguro.
Quando alguém alega, portanto, permanecer numa denominação apóstata que não pode ser resgatada aos caminhos da verdade e da justiça; quando ele sabe que um testemunho fiel da verdade pode acontecer somente por meio da separação, então ele pode estar certo que o Espírito não lhe dirá para permanecer mais um pouco. E ele não deve falar sobre esperar a direção do Espírito nesse assunto.
Quando um homem está intentando liberar o Espírito (parece-me estranho como alguém que está comprometido à fé na obra soberana do Espírito possa falar de “liberar” o Espírito) por meio de renovações litúrgicas e alterações nas estruturas eclesiásticas por causa de vários programas evangelísticos – tais como Explo 72** ou Key '73** –, então ele faria melhor indo primeiramente à Palavra de Deus, e se debruçando diante dela para descobrir o que a Escritura requer com respeito à estrutura institucional da Igreja, princípios da adoração a Deus e programas evangelísticos. Se ele deseja ardentemente a direção do Espírito, o Espírito lhe mostrará imediatamente que esse tipo de coisa é contrário à Palavra de Deus, e que o Espírito nunca agirá de tais formas. De fato, se persistir, ele não estará liberando ou seguindo o Espírito, mas desafiando-o e seguindo seu próprio caminho prepotente e arrogante a despeito do que o Espírito disse na Palavra de Deus.
Devemos, João nos diz em sua primeira epístola, testar os espíritos para ver se eles procedem de Deus. Existem muitos espíritos hoje que são chamados de Espírito Santo. A Palavra de Deus dirá. Dirá a qualquer um que queria ouvir. Dirá a alguém que seja iluminado pelo Espírito. Paulo fala precisamente de tudo isso em 1 Coríntios 2:10-16, uma passagem que está precisamente no contexto de sua pregação da Palavra de Deus aos coríntios. Ele escreve: “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo”.
Sem dúvida, estou ciente do fato que existem problemas específicos da vida, que não estão especificamente revelados na Escritura. Refiro-me, por exemplo, ao fato que um jovem pode, em seus anos de escola secundária, crer que foi chamado para ser um ministro do evangelho. Provavelmente falará sobre o assunto com seus pais e seu pastor; e eles, se forem pessoas piedosas, lhe dirão que deve procurar conhecer a vontade de Deus nessa questão. Ele pode, presumo, ser instado a seguir a orientação do Espírito para buscar uma resolução do seu problema. Ele nos assegurará rapidamente que não existe nenhuma passagem específica na Escritura que tenha o seu nome nela, e que aponte objetivamente que ele foi chamado para o ministério. E existem mais problemas como esse na vida. O que fazer? Não temos um caso aqui onde, em questões específicas, a orientação do Espírito é à parte do testemunho objetivo da Palavra de Deus?
Não, mesmo isso nunca acontecerá. Em primeiro lugar, a decisão toda é feita dentro do contexto das Escrituras que falam do fato que os homens de Deus dentro da Igreja são chamados por Deus para serem embaixadores de Cristo na pregação da Palavra. E isso é importante e não deve ser subestimado. Em segundo lugar, tal jovem deve fazer sua decisão em oração, buscando cuidadosamente descobrir a vontade de Deus por uma consideração objetiva de muitas circunstâncias diferentes. O Senhor deve lhe dar os dons e talentos para fazer essa obra. O Senhor deve lhe dar um amor pelo ministério e um desejo de estudar. O Senhor deve abrir o caminho para ele estudar por muitos anos. Essas coisas e muitas outras são evidências objetivas da vontade do Senhor. Mesmo então, quando tudo o mais for dito e feito, nenhum homem é chamado para o ministério até que tenha finalmente recebido tal chamado objetivo da própria Igreja de Cristo. Ele deve responder, quando for ordenado, que crê ter sido chamado pela Igreja de Cristo e, portanto, pelo próprio Cristo.
E assim se dá em tudo da vida.
A história da Igreja de Cristo é uma história repleta com exemplos de esforços feitos por parte dos ímpios para afastar a Igreja e os crentes do padrão objetivo da Palavra de Deus. Toda heresia é uma tentativa de fazer isso. Toda perversão de doutrina e prática tem isso como a sua origem perversa. Mas se alguém abandona o padrão objetivo da Palavra de Deus (e a história mostra como isso é verdadeiro), ele tem apenas duas alternativas. Uma é estabelecer o padrão da razão como o árbitro final de questões da vida. Isso é racionalismo; e a evidência é clara que a Igreja teve sua porção de racionalistas no decorrer dos séculos. A outra é estabelecer os sentimentos, as emoções, as convicções internas como um padrão da verdade e da vida. Isso tem sido historicamente pietismo ou misticismo, ou, como pode ser apropriadamente chamado em nossos dias, neopentecostalismo. Essas são as únicas duas alternativas reais que existem. Abandonando as Escrituras, a pessoa recorrerá à razão ou à luz interior. Mas ambas são essencialmente a mesma coisa; pelo menos nesse respeito, ao fazer do próprio homem o juiz final da verdade e do correto, quer pela mente do homem, ou pelos seus sentimentos internos. E ambas são subjetivismo. Uma total falta de esperança.
Existem muitos que desaprovariam veementemente quaisquer tendências para com o neo-pentecostalismo em suas vidas. Todavia, eles repetidamente falam da orientação do Espírito como divorciada das Escrituras, e tornam-se, para a confusão de todos, pentecostais de fato. Elas podem não falar em línguas; e podem não crer na fé que cura. Mas quando se divorciam da Palavra de Deus, caem na mesma armadilha mortal.
Sejamos, então, guiados pelo Espírito, pois somos filhos de Deus. Mas estejamos muito, muito certos que sabemos e entendemos que a orientação do Espírito vem através da luz iluminadora das Escrituras, a Palavra de Deus.
Notas do tradutor:
* O autor está escrevendo em 1973. A situação mudou muito de lá pra cá e, infelizmente, para pior.
** Conferência evangélica patrocinada pela Cruzada Campus para Cristo. Aconteceu de 12 a 17 de junho de 1972, em várias localidades em Dallas, Texas. Foi grandemente criticada por evangélicos conservadores devido ao envolvimento ecumênico de protestantes e católicos no evento, bem como o uso de música rock. Billy Graham falou em seis ocasiões diferentes durante o evento.
*** Outro movimento evangelístico ecumênico.
Fonte: The Standar Bearer, Volume 49, Issue 11, Março de 1973.
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
retirado de : http://internautascristaos.blogspot.com.br
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